quinta-feira, 2 de junho de 2011

Estado e a Classe trabalhadora na Era Vargas

De acordo com as análises de Boris Fausto Maria Celina de Araújo, o Governo Vargas ficou marcado como a era do capitalismo estatal no Brasil. Nessa época nascia o paternalismo varguista, que se caracterizou pelas leis trabalhistas do período Vargas. O presidente Getúlio Vargas ficou conhecido nesse período como o pai dos pobres.
É inegável que durante esse período a classe trbalhadora teve ganhos importantíssimos, porém isso teve um contraponto, que foi a repressão e a falta de autonomia que a classe trabalhadora sofreu. As liberdades políticas foram deixadas de lado, pois se dizia que a democracia era incompátivel com a resolução dos conflitos sociais existentes naquele momento.
O Estado se apoderou do sindicato e consequentemente sufocou a classe operária. Esse modelo, na verdade, foi um meio termo que o governo achou para frear um possível socialismo no Brasil. Para existir um consenso entre capitalismo x socialismo, foi criado novas organizações para controlar a sociedade, em especial os trabalhadores.
O que Getúlio fez foi um verdadeiro pacto social, onde todas as classes cooperariam para um Estado forte e unido. Esse Estado forte seria usufruido pela burguesia, enquanto o proletariado ganhava os direitos sociais e a classe média se alavancaria com os cargos públicos.
Getúlio queria acelerar o processo de industrialização do país, já que nos anos 30 o Brasil era um país de predomínio rural, 75% estava no campo. A legislação sindical foi um importante instrumento para atrair os trabalhadores a se interessar pelo trabalho industrial, pois só os trabalhadores urbanos podiam usufruir desses direitos.
No contexto da época podemos verificar que o nacionalismo estava em um momento crescente em todo o mundo, e isso também ocorreu no Brasil. O governo não queria que, nenhuma ideologia atrapalha-se os rumos da nação, um país forte teria que ter um Estado coeso que olhasse para todas as camadas da sociedade, sem, porém, uma corrente se sobresair sobre outra.
Assim como boa parte do mundo ocidental, o Brasil incorporava as ideologias da Europa, como o fascismo e o nazismo, além do socialismo, popular entre os operários. Todas essas ideologias podem ser entendidas como uma resposta à crise do Estado Liberal, iníciada com a Primeira Guerra Mundial em 1914 e consolidada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns, belo texto.

Anônimo disse...

Belo texto.