Do ponto de vista econômico, a era Vargas foi um divisor de águas na história do Brasil. A partir de 1930, o Estado intensificou o ritmo do processo de industrialização do país, buscando reduzir a dependência externa.
Até meados do século xx, o Brasil era identificado como uma nação rural e agrária. A tradição econômica herdada da época da Colônia, quando o país fornecia matéria-prima a Portugal, permaneceu intacta ao longo do Império, em consequência do processo de independência imposto pela elite agroexportadora.
Getúlio Vargas, no entanto, iniciou um planejamento a longo prazo que culminaria na implantação da indústria de base no país. Anteriormente haviam sido feitas outras tentativas, como a do Barão de Mauá, durante o Segundo Reinado (1831-1889), e a do surto industrial causado pela eclosão da Primeira Gueera Mundial (1914-1918). Em ambos os casos, houve apenas ações isoladas que dependiam de acontecimentos externos.
A peça-chave do processo industrial brasileiro passou a ser s substituição de importações, seja na forma de condições mais propícias à expansão da indústria, seja na forma de investimento direto feito pelo Estado para implantar à indústria de base.
Na era Vargas ocorreram transformações consideráveis na sociedade brasileira. Muitas pessoas abandonaram o campo para viver na cidade; o mestiço passou a ser valorizado; o movimento feminista deu os primeiros passos.
A Era Vargas inaugurou uma série de transformações nas relações de trabalho, muito modificadas devido ao forte processo de urbanização. Mas os avanços trabalhistas não foram sentidos no campo: a exploração se manteve e os trabalhadores rurais ficaram sem direitos de qualquer ordem.
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