Com a prisão de José Rainha Jr, o tema da reforma agrária volta a ser tratado de uma forma policialesca pela mídia tradicional e pelos que são contra a uma melhor e mais justa distribuição de terras no Brasil. Rainha é acusado de desviar dinheiro público, entre outras coisas, mas temos que ser justos e dizer que nada foi comprovado.
Importante a população saber, é que Rainha não faz mais parte da direção nacional do MST, sendo que suas ações no Pontal do Paranapanema são isoladas, sem nenhuma contribuição do movimento, é bom que se diga, pois a mídia não costuma mostrar isso e sim tentar passar para as pessoas que Rainha e o MST são a mesma coisa.
Se tivessemos uma imprensa séria e descente, a questão da reforma agrária seria tratada de uma forma mais correta e não com mentiras e apelações, fazendo uma parte da população ser contrária aos movimentos sociais, criminalizando suas ações e reinvidicações.
Os ditos formadores de opinião deveriam passar para a sociedade as raízes históricas da concentração de terras no Brasil, reconhecer a luta camponesa pela terra, saber sobre a história do MST, falar de outros movimentos sociais.
É necessário por parte da população, refletir sobre o teor das notícias, a intencionalidade delas, afinal não podemos nos esquecer que os meios de comunicação tem os seus interesses de classe, sem deixarmos de esquecer que a mídia é monopolizada por poucas familias em todo o Brasil, ou seja, temos um pensamento único nos meios de comunicação e os movimentos sociais ficam sem espaço para mostrar suas ideias, sus propostas para as pessoas que assistem um jornal, e pensam que estão sendo bem informadas.
O papel de uma mídia pluralista e democrática, seria explicar a má distribuição de terras no Brasil, conhecer os objetivos e as mobilizações dos movimentos que lutam pela melhor distribuição de terras no Brasil. Contar a história do MST a fundo, e qual a sua importância para as conquistas dos trabalhadores rurais, que foram abandonados pelo Estado burgês, jogados a margem da sociedade.
Para tudo iso acontecer é necessário um marco regulatório da mídia, acabando com a propriedade cruzada, com os monopólios, ologopólios, diversificando as notícias, abrindo espaço para uma verdadeira democratização dos meios de comunicação e não essa falsa liberdade de imprensa que os barões do império tentam enfiar em nossa cabeça, quando na verdade o que se tem é uma democracia para poucos, apenas para os que pensam dentro do ideal neoliberal, o dogmatismo, pensamento único, sem dar voz aos que pensem de uma outra forma.
Podemos concluir dizendo que, a reforma agrária só sera um projeto concretizado se também acontecer a reforma da comunicação, acabando com o latifúndio da mídia.
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