Reproduzo texto do blog do Rodrigo Vianna:www.rodrigovianna.com.br
O sentido político da “faxina” de Dilma
Por Felipe Amin Filomeno, no Outras Palavras
O que a “faxina” que a presidente Dilma Rousseff está realizando nos ministérios tem a dizer sobre a conjuntura social do Brasil contemporâneo? Num sentido amplo, é um fenômeno político implicado na trajetória de crescimento econômico com equidade social promovida desde 2003 pelas administrações do PT. Ao longo desta trajetória, as forças sociais conservadoras foram esvaziadas de um discurso crítico sobre política econômica e social, tendo que concentrar seus esforços em ataques à corrupção. Por outro lado, à medida em que a democracia se fortalece e problemas sócio-econômicos são minimizados, segmentos politicamente conscientes da sociedade tendem a apresentar novas demandas ao Estado, tal como o combate à corrupção.
A novidade de Dilma pode ser a passagem de uma estratégia defensiva para outra de ataque, capaz de enfraquecer ainda mais as forças conservadoras. A “social democracia globalizada” de Lula trouxe aumento da massa salarial e do nível de emprego, redução das desigualdades e incorporação de milhares de brasileiros à classe média. Como estratégia politicamente moderada de desenvolvimento, envolveu a criação de uma ampla coalizão de centro-esquerda, tendo PT e PMDB como componentes principais. Para os intelectuais de esquerda e movimentos sociais mais radicais, a agenda meramente reformista de Lula foi uma decepção. O que estes talvez não tenham percebido é que foi justamente a “moderação” de Lula uma das principais causas de uma grande vitória da esquerda brasileira: a anulação do Democratas, principal representação partidária do neoliberalismo no país. O reformismo de centro-esquerda de Lula atraiu a classe média, trouxe benefícios aos pobres e, num momento de prosperidade, deixou a oposição sem um discurso que veiculasse um projeto alternativo ao país.
Na falta de uma estratégia focada em políticas econômicas e sociais, à oposição restou o ataque à corrupção. Isto não foi fácil. Em primeiro lugar, era preciso convencer a sociedade de que a corrupção era um traço distinto da administração do PT, ao invés de uma prática arraigada no Estado brasileiro que, por séculos, foi comandado por aquelas mesmas forças conservadoras em benefício das elites do país. Em segundo lugar, era preciso que tais ataques enfraquecessem não apenas o governo ou o partido, mas Lula, pessoalmente. Não funcionou. Apesar do mensalão, Lula derrotou Geraldo Alckmin.
Entretanto, não era nem o Democratas, nem o PSDB, o grande articulador da estratégia conservadora focada no ataque à corrupção. Foi a grande mídia tradicional, através de reportagens baseadas em versões e boatos, e de uma cobertura tendenciosa e desproporcional dos fatos. Seja em sua forma partidária ou em sua versão midiática, o ataque conservador à corrupção contribuiu mais para gerar crises de governabilidade do que para combater este terrível problema. Afinal, o ataque era muito mais fruto do oportunismo das forças sociais conservadoras do que de um compromisso com a ética no serviço público. Fosse isto teriam expurgado a corrupção do aparato estatal durante os 500 anos em que governaram o país, certo?
Bom, mas há um lado positivo nisso tudo. À medida em que o brasileiro se acostuma com a democracia, consegue emprego formal, obtém aumento salarial, e alcança um padrão de consumo de classe média, outros problemas – como a corrupção – passam a ganhar mais destaque em sua “agenda de preocupações”. Isso provavelmente aconteceria mesmo sem a pressão da mídia e me remete a algo que o Fernando Henrique chamou uma vez de “pedagogia da democracia”. É a este aspecto do problema que a administração de Dilma deve se voltar. Mais especificamente, é salutar que deixe a estratégia defensiva adotada no governo Lula (de tentar “blindar” o governo sem promover uma “faxina”) para uma estratégia ofensiva (promovendo de fato a “faxina”).
As dificuldades da nova estratégia estão na manutenção do apoio ao governo no Congresso, pois lideranças políticas envolvidas em casos de corrupção acabam afastadas da administração federal, e na perda do foco em outras prioridades do Estado (como o enfrentamento da crise mundial através de ajuste fiscal e política industrial). Por outro lado, seus benefícios estão em satisfazer demandas genuínas do eleitorado contra a imoralidade no serviço público, em aprimorar a gestão pública, e em esvaziar o conservadorismo do único discurso que lhe restou (o do combate a corrupção).
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
MST e Governo Dilma
Reproduzo notícia do blog do Azenha: www.viomundo.com.br
MST celebra conquistas em negociação com governo Dilma
Jornada de Lutas da Via Campesina arranca conquistas para a Reforma Agrária
26 de agosto de 2011
Por Vinicius Mansur, no site do MST
Após uma semana de lutas, o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final nesta sexta-feira (28/8), com o retorno positivo do governo às reivindicações da organização.
Em um dia de intensas negociações dentro do Palácio do Planalto, os 4.000 acampados permaneceram, desde 10h, às portas do Ministério da Fazenda. No fim da tarde, a mobilização retornou ao acampamento.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em nome da presidenta Dilma Rousseff, apresentou as respostas do governo aos Sem Terra no acampamento.
“A primeira grande conquista que vocês conseguiram foi que o governo recolocasse a reforma agrária na sua pauta”, afirmou.
A principal conquista anunciada pelo ministro foi a suplementação de R$ 400 milhões no orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obtenção de terras para a Reforma Agrária.
Além disso, houve a liberação dos R$ 15 milhões do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que estava contingenciado, e será implementado o Programa de Alfabetização Rural, nos moldes propostos pela Via Campesina
O governo vai financiar também um programa de agroindústria em assentamentos, com R$ 200 milhões para projetos de até R$ 50 mil e outros R$ 250 milhões para projetos até R$ 250 mil.
Para o dirigente do MST e da Via Campesina João Paulo Rodrigues, o conjunto das respostas do governo federal é uma “conquista importantíssima”, saldo da mobilização de uma jornada que mobilizou 20 estados e mais de 50 mil trabalhadores rurais.
Segundo ele, o problema da dívida dos pequenos agricultores e assentados, que somam cerca de R$ 30 bilhões, não foi respondido de forma satisfatória. “Estamos felizes, mas não com a proposta da dívida. Sabemos que a luta continuará”, projeta.
A proposta do governo permite que os endividados acessem um crédito de até R$ 20 mil, com juros de 2% ao ano, e prazo de pagamento de sete anos para quitar as dívidas atuais. Com isso, libera os camponeses para acessar novos créditos no Pronaf. Os movimentos do campo reivindicavam a anistia da dívida.
Gilberto Carvalho reconheceu que o governo saiu das negociações em dívida com povos indígenas, quilombolas e os atingidos por barragens, mas enfatizou que o governo retomará a política de homologações de terra e que novas conquistas sairão da mesa permanente que o governo mantém com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A próxima reunião entre o governo e a Via Campesina já está marcada para o dia 21 de setembro.
As conquistas da Via Campesina na jornada de lutas
– R$ 400 milhões para o orçamento do Incra para obtenção de terras para a Reforma Agrária.
– Liberação de R$ 15 milhões contingenciados do Pronera.
– Programa de Alfabetização Rural, nos moldes propostos pela Via Campesina.
– Agroindústria em assentamentos: R$ 200 milhões para projetos de até R$ 50 mil e outros R$ 250 milhões para projetos até R$ 250 mil, todos esses créditos a fundo perdido.
– MDA e Incra devem apresentar entre 7 e 10 de setembro um plano emergencial de assentamento até o fim do ano, mas também com vistas até 2014.
– Dívida: crédito de até R$ 20 mil, com juros de 2% ao ano e prazo de pagamento de sete anos, para quitar as dívidas atuais, liberando o acesso a novos créditos no Pronaf.
– Inclusão das áreas de Reforma Agrária no Programa de Habitação que o governo anunciará semana que vem.
– Produção Agroecologia Integrada e Sustentável (PAIS) terá recursos necessários para os projetos apresentados.
– Instalação de Grupo de Trabalho para elaborar nova regulamentação para uso dos agrotóxicos.
– Implementação de 20 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs)
– Cultura: criação de editais para bibliotecas, cinema e produção audiovisual, específicos para o campo.
– Programa de liberação de outorgas para rádios comunitárias em assentamentos.
MST celebra conquistas em negociação com governo Dilma
Jornada de Lutas da Via Campesina arranca conquistas para a Reforma Agrária
26 de agosto de 2011
Por Vinicius Mansur, no site do MST
Após uma semana de lutas, o Acampamento Nacional da Via Campesina, instalado em Brasília, chegou ao seu final nesta sexta-feira (28/8), com o retorno positivo do governo às reivindicações da organização.
Em um dia de intensas negociações dentro do Palácio do Planalto, os 4.000 acampados permaneceram, desde 10h, às portas do Ministério da Fazenda. No fim da tarde, a mobilização retornou ao acampamento.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em nome da presidenta Dilma Rousseff, apresentou as respostas do governo aos Sem Terra no acampamento.
“A primeira grande conquista que vocês conseguiram foi que o governo recolocasse a reforma agrária na sua pauta”, afirmou.
A principal conquista anunciada pelo ministro foi a suplementação de R$ 400 milhões no orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obtenção de terras para a Reforma Agrária.
Além disso, houve a liberação dos R$ 15 milhões do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que estava contingenciado, e será implementado o Programa de Alfabetização Rural, nos moldes propostos pela Via Campesina
O governo vai financiar também um programa de agroindústria em assentamentos, com R$ 200 milhões para projetos de até R$ 50 mil e outros R$ 250 milhões para projetos até R$ 250 mil.
Para o dirigente do MST e da Via Campesina João Paulo Rodrigues, o conjunto das respostas do governo federal é uma “conquista importantíssima”, saldo da mobilização de uma jornada que mobilizou 20 estados e mais de 50 mil trabalhadores rurais.
Segundo ele, o problema da dívida dos pequenos agricultores e assentados, que somam cerca de R$ 30 bilhões, não foi respondido de forma satisfatória. “Estamos felizes, mas não com a proposta da dívida. Sabemos que a luta continuará”, projeta.
A proposta do governo permite que os endividados acessem um crédito de até R$ 20 mil, com juros de 2% ao ano, e prazo de pagamento de sete anos para quitar as dívidas atuais. Com isso, libera os camponeses para acessar novos créditos no Pronaf. Os movimentos do campo reivindicavam a anistia da dívida.
Gilberto Carvalho reconheceu que o governo saiu das negociações em dívida com povos indígenas, quilombolas e os atingidos por barragens, mas enfatizou que o governo retomará a política de homologações de terra e que novas conquistas sairão da mesa permanente que o governo mantém com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
A próxima reunião entre o governo e a Via Campesina já está marcada para o dia 21 de setembro.
As conquistas da Via Campesina na jornada de lutas
– R$ 400 milhões para o orçamento do Incra para obtenção de terras para a Reforma Agrária.
– Liberação de R$ 15 milhões contingenciados do Pronera.
– Programa de Alfabetização Rural, nos moldes propostos pela Via Campesina.
– Agroindústria em assentamentos: R$ 200 milhões para projetos de até R$ 50 mil e outros R$ 250 milhões para projetos até R$ 250 mil, todos esses créditos a fundo perdido.
– MDA e Incra devem apresentar entre 7 e 10 de setembro um plano emergencial de assentamento até o fim do ano, mas também com vistas até 2014.
– Dívida: crédito de até R$ 20 mil, com juros de 2% ao ano e prazo de pagamento de sete anos, para quitar as dívidas atuais, liberando o acesso a novos créditos no Pronaf.
– Inclusão das áreas de Reforma Agrária no Programa de Habitação que o governo anunciará semana que vem.
– Produção Agroecologia Integrada e Sustentável (PAIS) terá recursos necessários para os projetos apresentados.
– Instalação de Grupo de Trabalho para elaborar nova regulamentação para uso dos agrotóxicos.
– Implementação de 20 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs)
– Cultura: criação de editais para bibliotecas, cinema e produção audiovisual, específicos para o campo.
– Programa de liberação de outorgas para rádios comunitárias em assentamentos.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Trabalho Escravo
Reproduzo texto do blog do Altamiro Borges:altamiroborges.blogspot.com
As denúncias sobre o uso de trabalho escravo na produção das roupas da espanhola Zara já surtiram efeito. As ações da empresa, referência do consumo de luxo, caíram nas bolsas de valores. Na Europa, internautas até lançaram campanha de boicote à famosa marca. A direção da multinacional tentou se justificar, alegando que a produção é terceirizada e que os contratos serão rompidos.
As denúncias, porém, podem ter outro efeito positivo: o de destravar a votação no Congresso Nacional da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o trabalho escravo. Por pressão da bancada patronal, especialmente dos ruralistas, a PEC está parada desde agosto de 2004. Ela foi aprovada no Senado em 2001, mas depois encalhou na segunda votação da Câmara Federal.
Mais-valia relativa e absoluta
O texto prevê, entre outros pontos, confisco das propriedades onde for flagrado o uso de trabalho escravo e suspensão das linhas de financiamento do estado e das isenções fiscais. Daí a forte resistência da bancada patronal, majoritária no parlamento. E não são apenas os latifundiários, alguns travestidos de modernos barões do agronegócio, que temem o fim da escravidão no campo.
O caso Zara evidencia que indústrias da cidade, que exploram a mais-valia relativa através das novas tecnologias e das refinadas técnicas de gerenciamento, também usam o trabalho análogo à escravidão para extrair a mais-valia absoluta. A terceirização repassa a produção para empresas que precarizam o trabalho, retirando direitos trabalhistas. Em muitos casos, ela é a forma disfarçada da escravidão moderna.
Frente parlamentar ganha impulso
Segundo informa o sítio Sul-21, a descoberta do uso de trabalho escravo na produção de roupas da Zara reanimou os defensores da PEC. “A proposta ganhou a atenção dos parlamentares na última semana. O colégio de líderes da Câmara determinou que o texto entrasse na pauta de votação. O que não significa, porém, que o projeto vá adiante”. A batalha ganhou alento, mas é dura.
Como aponta o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), presidente da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo, “não são só os latifundiários que resistem à lei, existem empresários junto a setores poderosos que exploram pessoas e, na surdina, pressionam pela não aprovação. Eu espero que a presidente Dilma abrace esta causa e enquadre sua base”.
Greve de fome pela aprovação da PEC
Para ele, o caso das roupas de grife Zara “prova o que dizemos há muito tempo: o trabalho escravo não é privilégio das regiões pobres e do interior do país. Se não aproveitarmos o escândalo para aprovar a PEC, vou defender que façamos greve de fome”, conclui. A frente parlamentar deve se reunir nos próximos e vai insistir na realização de audiência com a presidenta Dilma.
São necessários 308 votos para a aprovação da PEC. Segundo frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional Contra o Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a aprovação teria enorme importância simbólica. A PEC “não resolve todos os problemas. Mas diz que a dignidade vale mais que a propriedade”. Ela inclusive encorajaria outras denúncias, como a da Zara.
Incentivo a novas denúncias
As empresas terceirizadas de confecção de roupas para várias marcas famosas exploram muitos trabalhadores imigrantes. “Eles não denunciam os abusos que sofrem por medo de serem deportados. Apesar de existir acordo entre Brasil e Bolívia, a visibilidade do problema emperra nisso. O mesmo vale para casos de exploração de trabalho infantil ou sexual”, explica o frei.
A mesma opinião é compartilhada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Sheila Delpino. Para ela, a exposição da grife espanhola contribui para a atuação da Justiça e da Polícia Federal, uma vez que o trabalho das instituições depende de denúncias. “Os trabalhadores podem se encorajar a denunciar abuso. Empresas que atuam de forma similar às terceirizadas da Zara já estão se adequando às exigências do MPT”.
As denúncias sobre o uso de trabalho escravo na produção das roupas da espanhola Zara já surtiram efeito. As ações da empresa, referência do consumo de luxo, caíram nas bolsas de valores. Na Europa, internautas até lançaram campanha de boicote à famosa marca. A direção da multinacional tentou se justificar, alegando que a produção é terceirizada e que os contratos serão rompidos.
As denúncias, porém, podem ter outro efeito positivo: o de destravar a votação no Congresso Nacional da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) sobre o trabalho escravo. Por pressão da bancada patronal, especialmente dos ruralistas, a PEC está parada desde agosto de 2004. Ela foi aprovada no Senado em 2001, mas depois encalhou na segunda votação da Câmara Federal.
Mais-valia relativa e absoluta
O texto prevê, entre outros pontos, confisco das propriedades onde for flagrado o uso de trabalho escravo e suspensão das linhas de financiamento do estado e das isenções fiscais. Daí a forte resistência da bancada patronal, majoritária no parlamento. E não são apenas os latifundiários, alguns travestidos de modernos barões do agronegócio, que temem o fim da escravidão no campo.
O caso Zara evidencia que indústrias da cidade, que exploram a mais-valia relativa através das novas tecnologias e das refinadas técnicas de gerenciamento, também usam o trabalho análogo à escravidão para extrair a mais-valia absoluta. A terceirização repassa a produção para empresas que precarizam o trabalho, retirando direitos trabalhistas. Em muitos casos, ela é a forma disfarçada da escravidão moderna.
Frente parlamentar ganha impulso
Segundo informa o sítio Sul-21, a descoberta do uso de trabalho escravo na produção de roupas da Zara reanimou os defensores da PEC. “A proposta ganhou a atenção dos parlamentares na última semana. O colégio de líderes da Câmara determinou que o texto entrasse na pauta de votação. O que não significa, porém, que o projeto vá adiante”. A batalha ganhou alento, mas é dura.
Como aponta o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA), presidente da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo, “não são só os latifundiários que resistem à lei, existem empresários junto a setores poderosos que exploram pessoas e, na surdina, pressionam pela não aprovação. Eu espero que a presidente Dilma abrace esta causa e enquadre sua base”.
Greve de fome pela aprovação da PEC
Para ele, o caso das roupas de grife Zara “prova o que dizemos há muito tempo: o trabalho escravo não é privilégio das regiões pobres e do interior do país. Se não aproveitarmos o escândalo para aprovar a PEC, vou defender que façamos greve de fome”, conclui. A frente parlamentar deve se reunir nos próximos e vai insistir na realização de audiência com a presidenta Dilma.
São necessários 308 votos para a aprovação da PEC. Segundo frei Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional Contra o Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a aprovação teria enorme importância simbólica. A PEC “não resolve todos os problemas. Mas diz que a dignidade vale mais que a propriedade”. Ela inclusive encorajaria outras denúncias, como a da Zara.
Incentivo a novas denúncias
As empresas terceirizadas de confecção de roupas para várias marcas famosas exploram muitos trabalhadores imigrantes. “Eles não denunciam os abusos que sofrem por medo de serem deportados. Apesar de existir acordo entre Brasil e Bolívia, a visibilidade do problema emperra nisso. O mesmo vale para casos de exploração de trabalho infantil ou sexual”, explica o frei.
A mesma opinião é compartilhada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, Sheila Delpino. Para ela, a exposição da grife espanhola contribui para a atuação da Justiça e da Polícia Federal, uma vez que o trabalho das instituições depende de denúncias. “Os trabalhadores podem se encorajar a denunciar abuso. Empresas que atuam de forma similar às terceirizadas da Zara já estão se adequando às exigências do MPT”.
Televisão Brasileira
A televisão brasileira passa por um momento muito ruim em termos de qualidade de programação. Nenhum canal consegue se salvar de tanta porcaria que se passa na telinha, todos os dias, a toda hora, em qualquer tipo de programa, desde esporete até novelas, filmes programas de culinarias, etc. O que se ve é muito sensacionalismo para conseguir a audiência dos telespectadores que muitas vezes na inocência e também na falata de opção, acaba aderindo a esse tipo de programação de péssima qualidade.
A moda atualmente são os programas policialescos, que são apresentados por ancoras demagogos, populistas, que ficam gritando, como se o telespectador fosse um idiota por completo. Só quer mostrar tragédia, mortes, assaltos, assassinatos, mas tudo isso não para mostrar a realidade, e sim para ganhar o ibope a custa de problemas da sociedade.
Os programas esportivos também estão na moda, com comentáristas que muitas vezes não entendem nada de futebol, além de apresentadores que mais parecem garotos propagandas do que jornalistas.
Durante as tardes existe a programação para as mulheres, mas é difícil de qualquer mulher com consciência assistir tanta bobeira, fofofca de artistas, mortes de famosos ou pseudos famosos,participantes de reality shows, etc... Nada de conteúdo...
No fim de semana é terrível!!! É sempre a mesma coisa, Faustão, Gugu, Raul Gil, Eliana, etc...
É necessário pensarmos uma tv que se preocupe com programações educativas, afinal de contas essas redes de tv são concessões públicas e o poder público tem o dever de exigir uma programação de qualidade para as pessoas assistirem e se educarem pela telinha.Parece utópico, talvez seja mesmo, mas que é necessário é!
A moda atualmente são os programas policialescos, que são apresentados por ancoras demagogos, populistas, que ficam gritando, como se o telespectador fosse um idiota por completo. Só quer mostrar tragédia, mortes, assaltos, assassinatos, mas tudo isso não para mostrar a realidade, e sim para ganhar o ibope a custa de problemas da sociedade.
Os programas esportivos também estão na moda, com comentáristas que muitas vezes não entendem nada de futebol, além de apresentadores que mais parecem garotos propagandas do que jornalistas.
Durante as tardes existe a programação para as mulheres, mas é difícil de qualquer mulher com consciência assistir tanta bobeira, fofofca de artistas, mortes de famosos ou pseudos famosos,participantes de reality shows, etc... Nada de conteúdo...
No fim de semana é terrível!!! É sempre a mesma coisa, Faustão, Gugu, Raul Gil, Eliana, etc...
É necessário pensarmos uma tv que se preocupe com programações educativas, afinal de contas essas redes de tv são concessões públicas e o poder público tem o dever de exigir uma programação de qualidade para as pessoas assistirem e se educarem pela telinha.Parece utópico, talvez seja mesmo, mas que é necessário é!
terça-feira, 16 de agosto de 2011
As Mulheres e Seus Preconceitos
As mulheres conseguiram alguns avanços importantes durante os últimos tempos, como o direito de votar, a eleição de Dilma no Brasil como a primeira mulher presidenta no país, além de novas mulheres serem atores sociais no Brasil e em outros países no cenário político.
Apesar desses fatos serem importante a mulher ainda sofre muitos preconceitos, em especial no Brasil. As mulheres foram incorporadas no mundo do trabalho, sim, isso é importante, mas continua ganhando menos que o homem, além do que, só foi aceita no mundo do trabalho pela necessidade do sistema se reproduzir e a mulher acabou sendo importante para o desenvolvimento do sistema econômico vijente.
Outro fator que atrapalha para uma verdadeira emancipação feminina é a questão do preconceito que a própria mulher tem com a mulher!!! Ainda vejo muitos comentários como: A mulher não pode jogar futebol, isso é coisa pra homem! Mulher não pode comentar futebol! Eu já escutei isso da boca de mulheres....assim fica difícil....
Temos o exemplo do futebol feminino no Brasil, que não tem incentivo, apesar do talento das meninas, que muitas vezes nos dão mais alegrias do que o futebol masculino tão propagado.
Essa falta de incentivo é explicada por uma sociedade extremamente machista, mas um machismo que as mulheres também praticam, reproduzindo preconceitos contra elas, uma total bobagem que parece não ter fim.
O preconceito é o auge da burrice!
Apesar desses fatos serem importante a mulher ainda sofre muitos preconceitos, em especial no Brasil. As mulheres foram incorporadas no mundo do trabalho, sim, isso é importante, mas continua ganhando menos que o homem, além do que, só foi aceita no mundo do trabalho pela necessidade do sistema se reproduzir e a mulher acabou sendo importante para o desenvolvimento do sistema econômico vijente.
Outro fator que atrapalha para uma verdadeira emancipação feminina é a questão do preconceito que a própria mulher tem com a mulher!!! Ainda vejo muitos comentários como: A mulher não pode jogar futebol, isso é coisa pra homem! Mulher não pode comentar futebol! Eu já escutei isso da boca de mulheres....assim fica difícil....
Temos o exemplo do futebol feminino no Brasil, que não tem incentivo, apesar do talento das meninas, que muitas vezes nos dão mais alegrias do que o futebol masculino tão propagado.
Essa falta de incentivo é explicada por uma sociedade extremamente machista, mas um machismo que as mulheres também praticam, reproduzindo preconceitos contra elas, uma total bobagem que parece não ter fim.
O preconceito é o auge da burrice!
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Mano é Peixe Pequeno
Com mais uma derrota da seleção brasileira em clássicos, dessa vez para a forte Alemanha, os torcedores e comentaristas em geral começam a perder a paciência com o técnico Mano Menezes. Muitos já pedem a cabeça do treinador, pois não aguentam mais ver o Brasil tendo atuações pífias em suas apresentações. Começa pipocar também a ideia de que Mano estaria privilegiando jogadores do seu empresário, Carlos Leite, que são convocados para a seleção apenas para valorizar suas transferências de clubes, ou seja, negociata pura!
Realmente Mano Menezes vem convocando jogadores que não tem condiçõs de vestir a camisa amarelinha, como Fernandinho, que jogou no lugar de Ganso, entre outros jogadores que também passaram pela seleção e que também são atletas empresariados por Carlos Leite.
Na realidade Mano Menezes é peixe pequeno nessa história, pois infelizmente seleção brasileira virou cabide para negociações de jogadores. Independente de quem entrar, terá que seguir as regras do esquema, por isso mesmo Muricy Ramalho nunca daria certo na seleção, afinal ele não iria se prestar a atitudes antiéticas que alguns aceitam prestar. Se sair Mano, o que entrar vai fazer as mesmas coisas, o problema é estrutural, não técnico.
Para as coisas melhorarem deve acontecer uma limpa no futebol brasileiro, a começar pelo seu principal manda chuva, Ricardo Teixeira, esse sim um Peixe Grande!
Realmente Mano Menezes vem convocando jogadores que não tem condiçõs de vestir a camisa amarelinha, como Fernandinho, que jogou no lugar de Ganso, entre outros jogadores que também passaram pela seleção e que também são atletas empresariados por Carlos Leite.
Na realidade Mano Menezes é peixe pequeno nessa história, pois infelizmente seleção brasileira virou cabide para negociações de jogadores. Independente de quem entrar, terá que seguir as regras do esquema, por isso mesmo Muricy Ramalho nunca daria certo na seleção, afinal ele não iria se prestar a atitudes antiéticas que alguns aceitam prestar. Se sair Mano, o que entrar vai fazer as mesmas coisas, o problema é estrutural, não técnico.
Para as coisas melhorarem deve acontecer uma limpa no futebol brasileiro, a começar pelo seu principal manda chuva, Ricardo Teixeira, esse sim um Peixe Grande!
sábado, 6 de agosto de 2011
Melhorando
Finalmente a Presidenta Dilma demitiu o tucano Nelson Jobin do ministério da defesa. Isso é uma ótima notícia para as forças progressistas que ainda acreditam no governo da presidenta.
Jobin é um típico representante da burguesia reacionária brasileira, aliado dos EUA, que não tem nada a ver com um governo que pretende ser progressista. Assim como no caso Palocci, Dilma demorou para demitir Jobin, mas outra vez antes tarde do que nunca.
O melhor de tudo foi o substituto, Celso Amorim, um progressista de ótimos serviços para o Brasil no governo de Lula.
Aos poucos Dilma vai realinhando seu governo para uma linha mais a esquerda, tirando do governo pessoas que não são compatíveis com um projeto de centro esquerda progressista para o Brasil. A presidenta vem mostrando ter firmeza e com certeza a população vai gostar dessas atitudes, pois passa firmeza para o povo.
Na questão política Dilma vai bem obrigado, agora o próximo caminho é enfrentar a elite financeira e baixar os juros, que são os mais altos do mundo, para o Brasil continuar crescendo e se afastar da crise que vem assombrando o mundo. Nossa economia precisa continuar cresccendo e distribuindo renda, não podemos estagnar, nossa indústria tem que voltar a crescer.
Que na economia Dilma seja firme, como está sendo na política.
Jobin é um típico representante da burguesia reacionária brasileira, aliado dos EUA, que não tem nada a ver com um governo que pretende ser progressista. Assim como no caso Palocci, Dilma demorou para demitir Jobin, mas outra vez antes tarde do que nunca.
O melhor de tudo foi o substituto, Celso Amorim, um progressista de ótimos serviços para o Brasil no governo de Lula.
Aos poucos Dilma vai realinhando seu governo para uma linha mais a esquerda, tirando do governo pessoas que não são compatíveis com um projeto de centro esquerda progressista para o Brasil. A presidenta vem mostrando ter firmeza e com certeza a população vai gostar dessas atitudes, pois passa firmeza para o povo.
Na questão política Dilma vai bem obrigado, agora o próximo caminho é enfrentar a elite financeira e baixar os juros, que são os mais altos do mundo, para o Brasil continuar crescendo e se afastar da crise que vem assombrando o mundo. Nossa economia precisa continuar cresccendo e distribuindo renda, não podemos estagnar, nossa indústria tem que voltar a crescer.
Que na economia Dilma seja firme, como está sendo na política.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Corrupção
Diferentemente do que tenta reproduzir a grande mídia,a corrupção não é uma prática que começou com o governo do PT, muito pelo contrário, a corrupção é antiga tanto no Brasil como em todo o mundo.
Para ficarmos em alguns exemplos brasileiros podemos citar Ademar de Barros,uma espécie de Maluf dos anos 50 e 60 do século XX. Falando em Maluf, esse é um grande nome ligado a práticas ilícitas no Brasil, mais precisamente em São Paulo.
Muitos dizem que durante o governo Militar (1964-1985)não existia corrupção, mas é claro que isso é uma grande falácia, afinal, não se podia apurar nada pois o país viva um regime autoritário.
Em tempos mais recentes temos a figura de Fernando Color de Melo que foi o primeiro presidente eleito após a redemocratização do Brasil e acabou sendo também o primeiro a sofrer um processo de impeachement em 1992, por denúncias de corrupção em seu governo.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)também aconteceram casos de corrupção que infelizmente a grande imprensa tenta esconder até hoje, como no caso das privatizações e do processo de aprovação da reeleição, com a compra de deputados para a aprovação desse projeto que culminou com a reeleição de FHC em 1998.
Não se pode esquecer do mensalão tucano, comandado pelo atual senador por Minas Gerais do PSDB Eduardo Azeredo, que para muitos é o verdadeiro pai do mensalão.
Com esse texto não estou querendo passar a imagem de que o PT seria um partido sem corruptos, pelo contrário, infelizmente o Partido dos Trabalhadores também teve condutas deploráveis, como o financiamento de campanha com dinheiro não contabilizado, o popular caixa 2, além da história do mensalão que para muitos na verdade seria caixa 2 e não mesada para políticos aprovarem projetos do governo no congresso. Porém isso não deixa de ser um crime abominável dentro da sociedade.
O que acontece é que o sistema capitalista é um sistema corrupto por si só, o modelo é falho e da espaço para a prática de corrupção, não só no Brasil, mas também em países considerados de primeiro mundo. Ou alguém acha que não há corrupção na Europa, nos EUA, etc?
Em um sistema que se baseia na desigualdade social extremas a corrupção acaba aparecendo naturalmente em todas as esferas da sociedade, tanto na classe política, como entre a classe trabalhadora, burguesia, classe média, em fim, em todos os ramos da sociedade.
Corrupção e capitalismo andam de mãos dadas, um é reflexo do outro, capitalismo signica CORRUPÇÃO!
Para ficarmos em alguns exemplos brasileiros podemos citar Ademar de Barros,uma espécie de Maluf dos anos 50 e 60 do século XX. Falando em Maluf, esse é um grande nome ligado a práticas ilícitas no Brasil, mais precisamente em São Paulo.
Muitos dizem que durante o governo Militar (1964-1985)não existia corrupção, mas é claro que isso é uma grande falácia, afinal, não se podia apurar nada pois o país viva um regime autoritário.
Em tempos mais recentes temos a figura de Fernando Color de Melo que foi o primeiro presidente eleito após a redemocratização do Brasil e acabou sendo também o primeiro a sofrer um processo de impeachement em 1992, por denúncias de corrupção em seu governo.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)também aconteceram casos de corrupção que infelizmente a grande imprensa tenta esconder até hoje, como no caso das privatizações e do processo de aprovação da reeleição, com a compra de deputados para a aprovação desse projeto que culminou com a reeleição de FHC em 1998.
Não se pode esquecer do mensalão tucano, comandado pelo atual senador por Minas Gerais do PSDB Eduardo Azeredo, que para muitos é o verdadeiro pai do mensalão.
Com esse texto não estou querendo passar a imagem de que o PT seria um partido sem corruptos, pelo contrário, infelizmente o Partido dos Trabalhadores também teve condutas deploráveis, como o financiamento de campanha com dinheiro não contabilizado, o popular caixa 2, além da história do mensalão que para muitos na verdade seria caixa 2 e não mesada para políticos aprovarem projetos do governo no congresso. Porém isso não deixa de ser um crime abominável dentro da sociedade.
O que acontece é que o sistema capitalista é um sistema corrupto por si só, o modelo é falho e da espaço para a prática de corrupção, não só no Brasil, mas também em países considerados de primeiro mundo. Ou alguém acha que não há corrupção na Europa, nos EUA, etc?
Em um sistema que se baseia na desigualdade social extremas a corrupção acaba aparecendo naturalmente em todas as esferas da sociedade, tanto na classe política, como entre a classe trabalhadora, burguesia, classe média, em fim, em todos os ramos da sociedade.
Corrupção e capitalismo andam de mãos dadas, um é reflexo do outro, capitalismo signica CORRUPÇÃO!
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